quarta-feira, 22 de junho de 2011

AMOR DE PERDIÇÃO


Nossas brigas eternas são somente
Reflexo de nossos desejos reprimidos
À dura força da ditadura dos hipócritas.
Eu te persigo e você foge como se eu
Ofendesse tua inocência!
Mas que inocência?
Você desvirginou o meu corpo, minha alma.
Nos estranhamos num embate feroz
Às vezes surdo, outras vezes mudo, mas
Quase sempre aos urros!
Você me viola e nem quer o meu toque
Disfarça tão bem, que confundo:
O que é verdade entre nós?
O que queremos de nós?
Sei que quero teu corpo com uma
Necessidade feroz de um exército espartano.
Você nessa eterna guerra santa, me exigindo.
Esnobando meu afã; gritando a mim, e por mim.
Quem dera se pudéssemos sobrepujar o cronômetro
Zeloso do tempo...
E vamos ficando nessa eterna indecisão eu digo sim
E te escuto um não;
Eu decido riscar teu nome de minha agenda
E sem esperar, ouço perplexa tuas lamúrias...
Ah amor! Estranho amor, amor de... perdição!
Salve-nos de nossa insanidade!

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